Produção de conhecimento precisa envolver saberes originários, quilombolas, ribeirinhos e das favelas, afirma Jaqueline Goes de Jesus* em coluna da Folha
*Jaqueline Goes de Jesus é biomédica e pesquisadora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e do Instituto de Medicina Tropical da USP. Nesta coluna escreve para a campanha #ciêncianaseleições, que celebra o Mês da Ciência
A ciência, cujos benefícios para a humanidade eram, até tempos recentes, inquestionáveis, vem sendo atacada por movimentos negacionistas que ganharam projeção mundo afora nos últimos tempos, sobretudo no Brasil, pondo em xeque sua aplicabilidade e confiabilidade.
Afinal, o que é ciência? As definições são muitas, mas podem ser sintetizadas como o conjunto de conhecimentos sistematizados, advindos da observação, reflexão e experimentação e baseados em metodologias rigorosas. Podemos, por meio dela, desvendar e elucidar diversos fenômenos, separando o erro da verdade, a qual é passível de mudanças frente ao aparecimento de evidências que possam refutá-la.
Leia na íntegra: Folha de S. Paulo
Impulsionada por motivações políticas, a negação da ciência entre nós tem sido usada como ferramenta de manipulação das massas, tirando o foco dos problemas reais que o país enfrenta. O mesmo avanço tecnológico que permitiu o acesso à informação, facilitado pelas redes sociais, serve de munição para a desinformação.