Dados iniciais de pesquisa da UFRJ revelam desafios na permanência de alunos cotistas nas universidades
Segundo a pesquisa “Avaliação das políticas de ação afirmativa no ensino superior no Brasil: resultados e desafios futuros”, apesar de franquear acesso ao ensino superior a populações historicamente afastadas dos bancos universitários, a reserva de vagas instituída pela Lei de Cotas (nº 12.711) não garante que elas concluam os cursos. Para os pesquisadores, auxílios estudantis são cruciais para assegurar a permanência desses grupos.
Contando com o trabalho de 39 pesquisadores de seis universidades brasileiras — as federais de Minas Gerais (UFMG), do Pará (UFPA), do Paraná (UFPR), do Recôncavo da Bahia (UFRB), da Grande Dourados (UFGD), além da própria UFRJ —, os primeiros dados do estudo mostram que a proporção de diplomados entre os brancos aumentou em índice superior ao de pardos, enquanto o índice de formandos entre pretos e indígenas mal se mexeu.
Em paralelo, o estudo mostra uma mudança no perfil dos ingressantes após as ações afirmativas. Em 2010, 10% dos estudantes chegavam às universidades federais via reserva de vagas. Já em 2019, os cotistas representavam 39% dos entrantes.
Segundo o estudo, “o volume dos benefícios aos estudantes cotistas é muito menor do que a demanda crescente, intensificada pelos efeitos brutais das crises econômica e pandêmica na vida dos estudantes e de suas famílias, gerando insatisfação e cobranças por parte dos estudantes”.
Leia na íntegra: Uol Notícias