A perseguição política, os cortes, bloqueios e desvalorização das bolsas de pesquisa levam a um cenário desfavorável aos pesquisadores, mostra estudo
Dentro do Seminário Educação e Ciência, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), em conjunto com o Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ), apresentou a nota técnica “Fuga de Cérebros, Circulação Internacional da Ciência e Diáspora Científica de Pesquisadores Brasileiros: Contribuições para o Debate”, que revela o cenário atual da ciência brasileira e faz 25 recomendações para conter o fenômeno de expulsão de pesquisadores brasileiros para outros países.
Vinicius Soares, diretor de comunicação da ANPG, apresentou a conjuntura da ciência brasileira e que tem gerado dificuldades e ausência de perspectivas para os cientistas brasileiros.
A perseguição política, os cortes, bloqueios e desvalorização das bolsas de pesquisa levam a um cenário desfavorável aos pesquisadores.
“Lembrando que o Brasil vive agora a sua janela demográfica, em que sua população economicamente ativa representa o maior contingente, e em vez de investimentos, está sucateando a educação e os recursos em inovação e pesquisa e com ausência de projetos”, disse Vinícius.
Para Alexsandro do Nascimento Santos, coordenador do estudo, o Brasil não escolhe uma história de desenvolvimento para soberania e aproveita pouco o ambiente internacional de ciência e tecnologia.
“Os pesquisadores brasileiros devem circular globalmente, mas com o objetivo de conectar o país a um projeto soberano de desenvolvimento e não deixá-lo por ausência de oportunidades”.
Leia a nota técnica completa aqui.
Fonte: Jornal da Ciência