A despeito de pressão de servidores por aumento de salários, Economia anuncia suspensão adicional de R$ 8,2 bi em gastos, afirma o Estadão
Na tentativa de ganhar tempo, o presidente Jair Bolsonaro proibiu o Ministério da Economia de incluir na revisão bimestral do Orçamento de 2022 a definição sobre o reajuste do funcionalismo público. A decisão foi tomada pelo presidente em despacho com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, empurrando para frente o anúncio de um aumento diferenciado para as carreiras policiais – promessa de Bolsonaro.
Para acomodar novas despesas no limite do teto de gastos, o governo anunciou na sexta-feira, 20, um bloqueio adicional de R$ 8,2 bilhões, conforme antecipou o Estadão. Mas, na prática, o corte teria de ter sido de R$ 14,5 bilhões para incluir também um gasto adicional de R$ 6,3 bilhões com o reajuste de 5% proposto pelo governo para todas as carreiras dos servidores.
Com o R$ 1,7 bilhão já contingenciado em março, o bloqueio total subiria para R$ 16,2 bilhões, como admitiu o secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago.
Bolsonaro já tomou a decisão de dar o reajuste linear de 5%, mas não desistiu da ideia de dar um aumento diferenciado para as carreiras de segurança do Executivo (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e agentes penitenciários). Ao todo, o governo pode acabar gastando R$ 8 bilhões com os reajustes dos servidores dos três Poderes.
Leia na íntegra: Estadão