Funcionários do Banco Central e do Tesouro Nacional também pressionam governo, mostra a Folha
Na trilha dos servidores do Banco Central e do Tesouro Nacional, os funcionários da CGU (Controladoria-Geral da União) anunciaram, nesta quinta-feira (31), a paralisação das atividades na próxima quarta (6) e o início de uma operação-padrão, que deve impactar a entrega de relatórios de auditorias.
A decisão foi tomada em assembleia nesta quinta e contou com o apoio de 95% dos participantes, que pedem recomposição salarial. De acordo com o Unacon Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle), as perdas inflacionárias sobre as remunerações podem chegar a 40% neste ano.
A iniciativa dos servidores da CGU reforça a pressão do funcionalismo público sobre o governo por reajuste salarial após o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter acenado um aumento apenas aos policiais federais, categoria que compõe a sua base de apoio.
A verba disponível no Orçamento para elevar a remuneração dos servidores é de R$ 1,7 bilhão.
Os movimentos de diversas categorias ganharam ainda mais força nesta semana dado o período limite definido pela lei eleitoral para reajustes salariais a funcionários públicos.
O dispositivo proíbe a “revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição” de seis meses antes do pleito, marcado para 2 de outubro neste ano, até a posse dos eleitos.
Mas há um entendimento de uma ala do governo de que reajustes pontuais podem ser feitos até julho, 180 dias antes da troca de mandato, com base em acórdão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e em parecer da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional).
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