Gilmar Santos criou, há duas semanas, uma faculdade e uma editora, registradas em endereços de sua igreja, onde não há sinal de atividades que não sejam cultos, afirma o Globo
Suspeito de cobrar propina para facilitar a liberação de recursos do Ministério da Educação, o pastor Gilmar Santos investiu quase meio milhão de reais para criar duas empresas, abertas há duas semanas. No mesmo dia, 8 de março deste ano, ele abriu uma faculdade em Goiânia, com aporte inicial de R$ 100 mil, e registrou uma editora na cidade vizinha de Aparecida de Goiânia, com capital de R$ 350 mil. Na quarta-feira, dois prefeitos afirmaram ao GLOBO que Santos e outro religioso, Arilton Moura, pediram quantias em dinheiro e até a compra de bíblias em troca de agilizar os repasses aos municípios.
O GLOBO esteve nos dois endereços das empresas que constam nos documentos protocolados na Junta Comercial de Goiás. Tanto a faculdade quanto a editora foram registradas em sedes da Assembleia de Deus Cristo Para Todos, igreja comandada por Santos e da qual Moura também faz parte. Nos dois casos, não há sinal de que os locais sirvam para outras atividades além dos cultos religiosos.
Na capital goiana, o templo funciona em um prédio de três andares que atualmente está em obras (na fase de concretar as paredes), cercado por duas casas grandes e muradas. O templo central, que foi visitado pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, no fim do ano passado, fica bem em frente das três estruturas.
Leia na íntegra: O Globo