Frente Parlamentar pela Educação prepara resposta institucional ao assessoramento paralelo do do ministério, afirma o Congresso em Foco
A denúncia veiculada pelo Estadão de assessoramento paralelo por parte de pastores evangélicos dentro do Ministério da Educação (MEC) foi recebida com preocupação pela liderança da Frente Parlamentar pela Educação. Segundo seu coordenador na Câmara, deputado Professor Israel Batista (PV-DF), a bancada já trabalha em meios para dar uma resposta institucional, não descartando a possibilidade de futuramente judicializar a questão.
Segundo o parlamentar, na atual etapa a bancada trabalha com a coleta de informações para conseguir buscar uma solução ao ocorrido no MEC. Uma série de requerimentos foram enviados à pasta pela bancada nesta segunda-feira (21), parte deles com prazo de resposta para terça. Obtidas as respostas, Israel Batista planeja se reunir no mesmo dia com a bancada para discutir os próximos passos.
Apesar da preocupação, o deputado afirma não ter recebido com surpresa a denúncia. “O que está acontecendo no MEC não é novidade, e não causa espanto. Isso já aconteceu antes no Ministério da Saúde, e foi desnudado pela CPI da Covid-19. Agora se repete o mesmo episódio. É algo que se repete muito nesse governo: uma captura do Estado pelo setor privado”.
Em sua análise, o gabinete paralelo de pastores no MEC é um sintoma de outro problema mais profundo que ganhou força desde o início da gestão de Jair Bolsonaro, e que não se limita a apenas um ministério. “É um governo em que órgãos de Estado formalmente constituídos, com cargos que cumprem formalmente suas atribuições, sofrem interferência de pessoas alheias ao órgão e até mesmo ao próprio Estado”, explicou.
Leia na íntegra: Congresso em Foco