Proposta original era mais abrangente que o decreto editado por Bolsonaro, que contemplou somente ministros e secretários, mostram documentos obtidos pelo Globo
A proposta original do Ministério da Economia para o decreto que autorizou ministros e outras autoridades a utilizarem classe executiva em viagens internacionais de mais de sete horas era mais ampla. A pasta havia proposto que a medida valesse para todos os servidores, e não apenas para os do mais alto escalão. A restrição só foi imposta quando o decreto chegou na Casa Civil.
Pela redação final do decreto, editado pelo presidente Jair Bolsonaro em janeiro, ganham direito ao benefício ministros de Estado e ocupantes dos principais cargos de confiança, como secretário-executivo e secretários especiais, além de servidores que estiverem substituindo ou representando essas autoridades.
A minuta da Economia não estabelecia esse requisito, de acordo com documentos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Em 2018, o então presidente Michel Temer editou um decreto estabelecendo que “a passagem aérea destinada ao servidor e aos respectivos dependentes será adquirida pelo órgão competente sempre na classe econômica”. Quem quisesse uma passagem melhor deveria pagar a diferença.
Leia na íntegra: O Globo