O presidente, no entanto, faz uma viagem interacional e não estará no país na maior parte do tempo, afirma o Congresso em Foco
Bolsonaro tem até o final desta sexta-feira (21) para sancionar o Orçamento da União para o ano de 2022. A peça levada a Bolsonaro tem problemas que serão corrigidas no futuro – como a expectativa de salário mínimo a R$ 1.210, valor já defasado pela inflação – e outras duas questões principais: o fundo partidário para 2022 em valor recorde, e um reajuste salarial focado em apenas uma carreira, o que alimenta a possibilidade de revolta por parte de todas as outras categorias com salários defasados.
O texto levado a sanção – e aprovado pelo Congresso Nacional em meados de dezembro, no fim do ano legislativo, destina um montante de R$ 5,7 bilhões para o fundo partidário deste ano. O valor é um recorde, e reflete diversas manobras feitas pelo Congresso para manter este valor: o texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, prevendo este valor, foi aprovado em julho; o presidente vetou o valor em agosto; apesar disso, o Congresso Nacional aprovou o valor total, de R$5,7 bilhões, que aguarda o veredito do presidente.
Mas o ponto mais sensível segue a possibilidade de reajuste salarial apenas aos policiais federais, rodoviários e penais. A ordem do governo de reservar R$ 1,9 bilhão para a recomposição desta classe chamou a atenção por ser a única, em todo o funcionalismo público, a receber tal presente no Orçamento. A medida pode ser vista como uma vitória da categoria – que conseguiu virar a opinião do líder do governo na Câmara, e também como uma maneira de Bolsonaro pressionar governadores a reajustar o salário de policiais militares, que o apoiam, em âmbitos estaduais.
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