Sem reajustes nas bolsas de pesquisas, pós-graduandos enfrentam dificuldades para manter estudos, destaca a Rede Brasil Atual
Diante da escassez de investimentos em ciência e tecnologia no Brasil, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) elaborou abaixo-assinado com mais de 51 mil assinaturas pedindo reajuste no valor das bolsas de pós-graduação. O documento foi entregue ao presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, que se comprometeu a levar a reivindicação ao Congresso Nacional.
O Brasil possui, segundo a Unesco, 888 pesquisadores por milhão de habitantes. No topo do ranking estão Coreia do Sul, com 7.980, Nova Zelândia, com 5.578, e Alemanha, com 5.212 pesquisadores por milhão de habitantes. Esses dados, que estão no novo relatório de Ciência da Unesco de 2021, mostram como o investimento na ciência não tem sido prioridade.
De acordo com Flávia Calé, presidenta da ANPG, a falta de investimentos em ciência faz com que o país não tenha autonomia tecnológica e seja dependente de outras nações. “O mundo, cada vez mais, se divide entre países que produzem ciência e tecnologia e aqueles que só consomem. O Brasil, deixando de investir em ciência, abre mão de ter autonomia tecnológica. Essa autonomia depende de termos cérebros, ou seja, profissionais altamente especializados e infraestrutura”, afirmou, em entrevista à repórter Larissa Bohrer, da Rádio Brasil Atual.
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