Sobre o reajuste geral ao funcionalismo, Guedes diz que “não é oportuno”, afirma o Valor
O governo finaliza o encaminhamento de um pedido de reserva de recursos da ordem de R$ 2,5 bilhões no orçamento de 2022 para reajustes salariais. O montante, segundo fontes do governo, não deve ter especificação de carreiras na peça orçamentária, mas deve ser todo (ou pelo menos a maior parte) direcionado às forças de segurança – Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Departamento Penitenciário.
Uma das definições que estavam para serem tomadas ontem era se seria formalizado um ofício com o valor que foi negociado diretamente entre a área econômica, os ministros palacianos e o presidente Jair Bolsonaro. O outro caminho seria acertar diretamente com o relator, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), que está finalizando seu relatório, cuja intenção era ser apreciado ainda nessa semana pelo Congresso, encerrando as atividades legislativas de 2021, mas que acabou ficando para semana que vem.
O presidente Jair Bolsonaro vem pressionando a equipe econômica por reajustes salariais ao funcionalismo depois de dois anos de congelamento. Mas o custo de um reajuste linear que atinja todas as categorias é muito alto, da ordem de R$ 3 bilhões a cada 1%. Diante do espaço fiscal limitado, o governo não conseguiria sequer repor a inflação, mesmo que desse, por exemplo, 5% de reajuste geral.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, mostrou resistência à ideia de conceder ajuste salarial linear para os servidores públicos no ano que vem, mas acenou à possibilidade de corrigir o salário de algumas carreiras, como Polícia Federal. Na Fiesp, o ministro disse que “não é um momento oportuno” para reajustes gerais.
Leia na íntegra: Valor Econômico