Em artigo publicado na Folha, especialistas destacam que está nas mãos dos parlamentares rejeitar os cortes previstos no Orçamento do setor científico
Este artigo é assinado por Celso Pansera, secretário executivo da Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP); Marcus David, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e Cláudio Rocha, vice-presidente de Relações Parlamentares do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif)
A ciência brasileira está pedindo socorro —e quem pode atendê-la é somente o nosso Parlamento federal. A situação é grave; contudo, nos dá esperança o fato de sempre ter havido uma relação republicana entre essas duas instituições.
De alguns anos para cá, nossas universidades, institutos de pesquisa e agências de financiamento à ciência, tecnologia e inovação federais passaram a sofrer forte pressão orçamentária e o consequente comprometimento de suas atividades.
E neste momento em que se define o Orçamento da União para 2022, a expressão “desmonte da ciência brasileira” está sob o risco de ganhar tonalidades e marretadas mais fortes. Não bastasse o aporte proposto pelo governo federal para a educação superior e a ciência estar aquém das necessidades, o relator-geral do Orçamento 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ) reduziu ainda mais as verbas para as agências de fomento e instituições de ensino e pesquisa. A persistir os cortes propostos pelo parlamentar, a situação se tornará insustentável.
A partir da proposta do governo os cortes seriam, das universidades federais, de 5,8% (R$ 298 milhões); dos institutos federais, 5,8% (R$ 138,87 milhões); do CNPq, 4,57% (R$ 60,26 milhões); e, da Capes, 1,06% (R$ 33,21 milhões).
Leia na íntegra: Folha de S. Paulo