Eles afirmam que o Inep “está sob ameaça” e criticam política educacional do governo Bolsonaro, destaca a Veja
Cinco ex-ministros de Estado da Educação divulgaram neste domingo, 21, data do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médios (Enem), carta aberta em que criticam a política educacional do governo de Jair Bolsonaro e afirmam que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), instituição responsável pelos exames de acesso ao ensino superior, “está sob ameaça”.
“Quando o Inep é ameaçado, perde-se o efeito de ‘Estado’ nas políticas educacionais e fica-se apenas em questões superficiais, como as interferências ideológicas opostas ao caráter técnico. Com as evidências é que surgem políticas educacionais para quem importa: os estudantes”, diz trecho da carta.
A manifestação de Tarso Genro, Fernando Haddad, Aloizio Mercadante, Renato Janine Ribeiro, Mendonça Filho e Rossieli Soares ocorre após a debandada de 37 servidores do Inep, que deixaram a autarquia acusando o governo de assédio moral e pressões para a mudança do conteúdo de perguntas do Enem. Após a saída dos servidores, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que as perguntas do exame “começam agora a ter a cara do governo”. Ao todo, 3,1 milhões de estudantes, o menor número em 16 anos, devem fazer o exame em mais 1.700 mil municípios. No primeiro dia do Enem neste domingo, os candidatos responderão a questões objetivas de linguagens e ciências humanas e discorrerão sobre o tema: “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”.
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