Segundo Milton Ribeiro, se houvesse interferência, alguns itens poderiam nem estar no exame, destaca o Estadão
O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo, 21, teve 26% de abstenção. Compareceram à prova apenas 2,3 milhões de candidatos – em edições anteriores, o Enem recebia o dobro de candidatos. Os dados foram apresentados pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, que negou interferência do governo no conteúdo prova. Para ele, se houvesse interferência, algumas questões poderiam nem estar no teste. O primeiro dia de provas teve questões sobre luta de classes, desigualdade de gênero, racismo e povos indígenas.
O Estadão apurou que o item sobre luta de classes, com texto do alemão Friedrich Engels, coautor do Manifesto Comunista, chegou a ser retirado da prova após uma “leitura crítica” feita no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pelo exame. Depois, voltou a compor as questões do exame deste domingo. Professores afirmaram que o Enem deste ano seguiu o modelo de edições anteriores.
Para Ribeiro, “tentaram politizar a prova” e as questões do teste mostraram que não “tinham cabimento” denúncias sobre interferência no conteúdo. “Talvez, se tivesse interferência, poderia ser que algumas perguntas nem estivessem ali. Não houve qualquer interferência e escolha de perguntas”, afirmou o ministro.
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