Levantamento mapeia 30 propostas legislativas para mudar norma sobre ação afirmativa nas universidades; número de projetos favoráveis à prorrogação do modelo é igual ao de medidas contrárias, mostra Estadão
Aos 26 anos, a advogada Fernanda Macedo é vista pelos pares como uma profissional exemplar em seu campo de atuação. Especialista na Lei Geral de Proteção de Dados, é no ramo do Direito Antidiscriminatório em que ela mais se destaca, sendo disputada por grandes empresas interessadas em disseminar a cultura da diversidade. Fernanda atribui a ascensão profissional e os novos rumos que pôde desfrutar a um marco das políticas afirmativas do Brasil que está perto de ser revisto, a Lei de Cotas no ensino superior. “Se não fosse a política afirmativa, eu não chegaria a cem metros da universidade pública, certamente”, diz ela, de São Gonçalo, na periferia do Rio, e formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2019.
Criada em 2012, a lei deve obrigatoriamente ser revista até agosto de 2022, às vésperas das eleições gerais. Hoje, o futuro da legislação que facilitou o acesso de negros e de pessoas com baixa renda às universidades e a melhores postos no mercado de trabalho é uma incógnita. Depende do Congresso, que terá de analisar, em pleno contexto eleitoral, dezenas de propostas que se dividem entre prorrogar e restringir as cotas.
Leia na íntegra: Estadão