Denise Carvalho considera que critérios de flexibilização no ensino superior devem levar em conta a faixa etária média da comunidade universitária, informa o Globo
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi “desrespeitada” com a decisão liminar do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) que a obriga a retomar o ensino presencial pleno em duas semanas, segundo a reitora da instituição, Denise Pires de Carvalho. Na avaliação dela, a flexibilização dos protocolos sanitários no ensino superior deve levar em conta a faixa etária média da comunidade universitária, mais velha do que as de outros segmentos e, por isso, mais suscetível a casos graves e mortes por Covid-19.
Esta também é a razão pela qual ela defende, em entrevista a O GLOBO, a reabertura imediata de institutos dos ensinos básico e fundamental — como o Colégio Pedro II, que em sua visão “já deveria ter voltado” — e revela que a UFRJ estuda se contrapor ao Ministério da Educação (MEC) com a adoção do “passaporte da vacina”.
Por que a UFRJ entende que deve recorrer da decisão do TRF-2?
Já temos o nosso planejamento de retorno presencial. Vamos recorrer da liminar porque consideramos que é impossível que os advogados sejam mais importantes nessa decisão do que os especialistas da área de Infectologia. O retorno completo presencial não é recomendado, porque na universidade há, por exemplo, laboratórios no subsolo que não têm janela e que normalmente comportam 100 estudantes. É muito pior do que o jogo de futebol, que acontece em ambiente aberto. Nos sentimos desrespeitados porque, em primeiro lugar, não é verdade que não estamos atuando presencialmente.
Leia na íntegra: O Globo