Recurso previsto para o ano que vem é 15,3% menor do que o de 2019; volta das aulas presenciais deixará custos em aberto, informa o Brasil de Fato
Com o avanço da vacinação e a redução dos casos e mortes por covid-19 no país, a expectativa é que, finalmente, as aulas presenciais possam ser retomadas nas universidades federais no ano que vem. O que poderia ser uma boa notícia, no entanto, revela um colapso anunciado.
O projeto de lei orçamentária de 2022 (PLOA) enviado ao Congresso pelo governo federal não repôs as perdas orçamentárias das universidades ao longo dos últimos anos. Com isso, os recursos seguem insuficientes para garantir a manutenção das atividades, o que pode dificultar o retorno presencial ou mesmo resultar na paralisação das instituições por falta de verba para despesas como energia, limpeza e abastecimento de água.
“As universidades federais só sobreviveram em 2020 e 2021 porque houve suspensão das atividades presenciais, com fechamento de unidades, gerando uma redução efetiva de gastos com manutenção e serviços. Em 2022, ao retomar as atividades, será preciso recontratar serviços, e o consumo de energia voltará ao normal em um contexto de elevação das tarifas. Será um ano de muita pressão de gastos”, afirma Marcus Vinicius David, reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Leia na íntegra: Brasil de Fato