Entre o lixo, foi encontrada uma fivela, provavelmente utilizada por algum fuzileiro naval
Uma ação conjunta, com a participação de diferentes instituições, incluindo a Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), reuniu voluntários para recolhimento de lixo ao redor da Ilha de Anhatomirim e resultou em 56.890 gramas de resíduos, sendo a maioria formada por plásticos.
O trabalho teve início na manhã de sexta-feira e já durante o trajeto de escuna, que partiu de Canasvieiras, foram passadas orientações sobre a necessidade de preservação do meio ambiente, especialmente dos oceanos, e a importância histórica da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e das fortalezas da Ilha de Santa Catarina.
Os voluntários trabalharam cerca de três horas recolhendo material, principalmente das praias e costões. Eles usavam equipamentos de proteção, como máscaras e luvas. O material foi recolhido em sacos de lixo e, na volta, foi pesado. Tudo foi depositado no contentor que aguardava os voluntários em Canasvieiras e levado ao destino correto.
A Escola do Mar, projeto complementar da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, a Parley, que reúne pessoas pela preservação dos oceanos e servidores da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) e da Prefeitura Municipal de Florianópolis participaram da ação. A Secretaria de Gestão de Resíduos, via autarquia COMCAP, e a Superintendência do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) foram apoiadores.
No meio do lixo, um testemunho histórico
Não foi apenas rejeito que os voluntários da ação recolheram. Entre o lixo, foi encontrada uma fivela, provavelmente utilizada por algum fuzileiro naval. A Marinha ocupou a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim até o final da década de 1950. Na fivela, é possível ler Marinha Brazileira, assim mesmo com Z. Essa grafia foi utilizada até 1943 – o que sugere que a peça é anterior a esse período. Os voluntários entregaram o achado aos servidores UFSC. Agora, a universidade está avaliando a peça e dará o correto destino de mais um testemunho histórico revelado por Anhatomirim.
Fonte: Notícias UFSC