Medida está sendo vista pela comunidade acadêmica como um “agrado” do governo à sua base no Congresso, destaca o Valor
Um projeto de lei em reta final de análise pelo Ministério da Educação prevê a criação de dez novos institutos federais de ensino profissional e tecnológico no país. Na prática, a medida está sendo vista pela comunidade acadêmica como um “agrado” do governo Jair Bolsonaro à sua base no Congresso Nacional, fortalecendo aliados do presidente em seus feudos políticos no interior às vésperas das eleições de 2022.
Não haverá abertura de vagas para estudantes, ampliação do corpo docente ou instalação de laboratórios. A proposta do MEC é desmembrar institutos existentes e vincular parte da rede atual em novas sedes. O plano abrange nove Estados: São Paulo (duas sedes), Paraná, Pará, Pernambuco, Bahia, Ceará, Paraíba, Maranhão e Piauí.
Como serão institutos novos, pelo menos no papel, o futuro comando de cada unidade será escolhido diretamente pelo governo sem o tradicional processo de escolha dos reitores – eleição direta entre professores, funcionários e estudantes. Diferentemente das universidades federais, não há lista tríplice e o presidente da República apenas nomeia o mais votado. Não houve casos de desrespeito à tradição.
Leia na íntegra: Valor Econômico