O motivo é simples: porque não nos escutam e não aceitam os alertas de que a Reforma Administrativa (PEC-32) é nefasta ao interesse público, trará prejuízo à população e penalizará os servidores públicos.
Colegas docentes, o sindicato reuniu-se com um grande número de departamentos, conselhos de unidade e de campi, inclusive fomos ao CUn. Expusemos a reforma, apontando nossas críticas à PEC-32. Estivemos também com os dois relatores da PEC – da CCJ, dep. Darci de Matos (PSD/SC) e da Comissão Especial da Câmara, o dep. Arthur Maia (DEM/BA) – ambos se mostraram irredutíveis em aceitar mudanças no texto, mantendo especialmente a proposta do fim da estabilidade do servidor público.
A PEC-32 não é uma reforma, mas representa um desmonte do serviço público. Ela abre as portas para contratação temporária e precária de servidores, que ficarão expostos a pressão e interesses do chefe de ocasião e não aos interesses da população. A demissão de servidores, a ser regulamentada por lei ordinária (maioria simples do Congresso), vai incorporar a lógica e os critérios daqueles que almejam a diminuição extrema do Estado, seja para substituí-lo e cobrar da população pelos serviços, seja para ficar com os tributos que todos já pagamos. Nas três esferas, o setor de saúde e de educação correspondem à maior parte dos cargos públicos, portanto, é aí que os efeitos da reforma serão mais sentidos.
As Universidades Federais e nós servidores, atuais e futuros, não sairemos ilesos. O fim da estabilidade, por exemplo, aumenta a força do controle e cerceamento da liberdade de cátedra, mutilando a autonomia universitária. Não haverá carreira, mas apenas contratos de trabalho que, com as demissões facilitadas, comprometerá a continuidade temporal das pesquisas e dos processos formativos.
É nesse contexto que a UFSC vem sofrendo violentos ataques de políticos e comentaristas da mídia, via de regra mentindo ao afirmarem que somos vagabundos que não trabalhamos e não queremos voltar às atividades presenciais. Os que nos atacam são os mesmos que atacaram a ciência, negando as vacinas, e jamais ergueram a voz para impedir os cortes orçamentários para a manutenção das universidades. São essas mesmas vozes que defendem a PEC-32.
Portanto, precisamos mandar uma mensagem clara e forte aos parlamentares e à sociedade de que a proposta da reforma administrativa não é boa. Pedimos que cada um de vocês, filiados e filiadas, encontrem um modo de protestar, parando suas atividades nesse dia 18. Foi isso que indicou, por maioria, nosso Conselho de Representantes. Nesse dia, as entidades e sindicatos do serviço público, nos municípios, estados e nacionalmente, promoverão uma série de atividades, que culminarão com atos de rua.
Precisamos parar agora para evitar que mais essa “boiada” passe. A sua participação é a força que temos.
Diretoria da Apufsc-Sindical
::::: Mobilização Nacional contra a Reforma Administrativa #18A ::::
Quando: 18 de agosto, 16h
Onde: em frente à Catedral de Florianópolis
Importante: respeitaremos todos os protocolos de segurança, com distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel
Outras formas de se mobilizar:
Participe do movimento de forma on-line:
– Compartilhe nossos conteúdos contra a PEC 32 no Instagram e no Facebook;
– Mude o seu avatar do Facebook em apoio à mobilização:
– Pressione, neste link, os parlamentares de SC contra a reforma
A sua participação importa!