Diretores da SBPC estiveram no Instituto no dia 6 de agosto, na semana em que o Inpe completou 60 anos de fundação, para prestar solidariedade a pesquisadores e oferecer suporte e apoio a suas demandas, afirma o Jornal da Ciência
Na sexta-feira, 6 de agosto, o presidente e vice-presidente da SBPC, respectivamente Renato Janine Ribeiro e Paulo Artaxo, visitaram a sede do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em São José dos Campos, para prestar solidariedade a seus pesquisadores, e oferecer suporte e apoio às justas demandas do Instituto. Foram recebidos pelo diretor e pela coordenadora-geral de Gestão Organizacional do Instituto, Clezio Marcos de Nardin e Monica Elizabeth Rocha de Oliveira, com quem conversaram por cerca de duas horas.
O Inpe é um dos institutos de pesquisas do MCTI mais importantes e estratégicos do país, que fez 60 anos em 3 de agosto. É um centro de excelência mundial em várias áreas, tais como sensoriamento remoto, monitoramento da Amazônia, meteorologia, mudanças climáticas e várias outras áreas. Infelizmente, vem sendo sistematicamente asfixiado pelo governo, do ponto de vista orçamentário, de falta de pessoal, ou mesmo atacado, quando faz trabalhos de excelência que não vão de encontro aos desejos do governo brasileiro. Sua sustentabilidade está sob sério risco, pois ele se nega a manipular informações científicas para melhorar a imagem do governo.
O Inpe executa serviços essenciais à sociedade brasileira. Realiza o monitoramento de todos os biomas brasileiros, inclusive a Amazônia, arquiteta, projeta e constrói complexos satélites com parceiros internacionais, desenvolve e roda modelos de previsão climática e meteorológicos, ajudando na previsão de safras agrícolas. O Inpe roda um dos maiores sistemas de supercomputação do país, com o Tupã, que é responsável por informações essenciais para a tomada de decisões nas áreas de agricultura, energia, turismo e transportes. O Inpe detém tecnologia de rastreamento de satélites, com antenas de recepção espalhadas pelo país. O centro de Ciência do Sistema Terrestre (CST) fornece a ciência para que o Brasil enfrente as mudanças climáticas e estruture programas de adaptação baseados em Ciência. Desenvolve também ferramentas como o TerraBrasilis e o projeto Queimadas, com um acompanhamento da situação na Amazônia, com total transparência. O instituto formou mais de 1.000 doutores e 2.500 mestres, impulsionando a ciência brasileira. Entretanto, estas expertises únicas estão se perdendo, com funcionários que detém conhecimentos essenciais em áreas estratégicas se aposentando e sem reposição de quadros.
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