Resolução de 2019, que trata da Base Nacional Comum da Formação de Professores para formação inicial e continuada, vem recebendo críticas de educadores
Os cursos voltados para a formação de professores terão mais um ano para se adequar às novas diretrizes curriculares aprovadas pelo Ministério da Educação (MEC) em 2019. O prazo, que terminaria no final desse ano, foi estendido até o final de 2022, em parecer aprovado nesta quinta (5) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
De acordo com o MEC, a prorrogação do prazo para a adequação dos currículos ocorre em decorrência da pandemia e da suspensão das aulas presenciais. “Essa ampliação no tempo de implementação da BNC da formação docente [Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica] vem atender às solicitações das universidades e entidades científicas em função do ambiente de fechamento das instituições provocado pela pandemia. Isso ficou muito claro durante as diversas audiências que realizamos junto à essas instituições”, diz o relator do parecer, o conselheiro Mozart Neves Ramos.
O parecer aprovado pelo CNE segue agora para homologação do MEC.
Nos últimos meses, especialistas e entidades de educação de todo o país se manifestaram contrariamente a propostas do MEC que, na visão deles, ampliam a influência do capital privado, enfraquecem a rede pública e desprivilegiam a formação acadêmica inicial ao atuar em prol de uma ênfase técnica e de uma padronização de currículos e avaliações.
A professora aposentada da Faculdade de Educação da Unicamp e integrante da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais de Educação (Anfope), Helena Costa Lopes de Freitas, destaca, em seu blog, que, desde abril, Anfope e Forumdir intensificaram a mobilização nacional na luta pela formação de professores sintonizada com as formulações e proposições construídas historicamente pelo movimento dos educadores.
Como afirma ainda a professora, foram ampliados os debates também com as universidades, “fortalecendo a crítica às proposições que desqualificam e desprofissionalizam os professores e comprometem a formação humana das crianças e jovens e a qualidade social da educação e da escola pública”.
Com informações da Agência Brasil
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