Outro caso em que o governo vetou, alegando austeridade, foi o assédio ao IBGE desde o primeiro momento e o corte do gasto com o Censo, destaca Miriam Leitão, no jornal O Globo
A mudança do discurso do presidente Bolsonaro sobre o fundo eleitoral é hipocrisia desde o primeiro momento. Primeiro, ele se fez de indignado quando viu a reação pública. Sendo que durante toda a tramitação do projeto, a base e os líderes do governo, e os filhos do presidente trabalharam para que fosse criada esta despesa de quase R$ 6 bilhões. E é um percentual do gasto da Justiça Eleitoral que significa aumentar mais a rigidez do orçamento. Não fizeram nada para evitar.
Depois que foi aprovado e teve uma repercussão ruim, o presidente disse que iria vetar. Agora está dando um jeitinho e vai dizer depois, como fez no ano passado, que não podia vetar porque seria crime de responsabilidade. Toda hora o presidente comete crime de responsabilidade, mas não se preocupa.
Vamos ver a saída que ele vai encontrar. Ele sinalizou que apoia um valor de R$ 4 bilhões, que seria o dobro do ano passado e mais do que o dobro da última eleição. Sendo que os gastos de campanha estão ficando mais baratos.