Ministros da Educação e da Saúde querem a retomada do ensino nas escolas, mas não apresentam balizas para que isso seja feito com segurança, no momento em que a variante Delta se dissemina. Prometidas para orientar o retorno, regras ainda estão no papel, informa o Correio Brazieliense
Com o avanço lento da vacinação contra a covid-19 no Brasil e da melhora dos índices de casos e mortes vistos nas últimas semanas, o governo federal força o retorno das aulas presenciais em todo o país. Mas a pressão dos ministros da Educação, Milton Ribeiro, e da Saúde, Marcelo Queiroga, nos últimos dias, requer a adoção de vários cuidados, conforme alertam especialistas, sobretudo por causa da disseminação da variante Delta no país. Uma das medidas prometidas pelos ministros para diminuir os riscos para professores, alunos e profissionais de apoio das instituições de ensino é a publicação de um protocolo para orientar estados e municípios no retorno — algo que até hoje não saiu do papel.
Ontem, o ministro da Saúde voltou a dar uma previsão para divulgação deste protocolo. “Acredito que na semana que vem devemos ter uma posição definitiva sobre esse protocolo”, disse Queiroga. A promessa de publicação do documento já havia sido feita por ele quando foi anunciada a criação de diretrizes para o retorno dos alunos às salas de aula. E voltou a defender a necessidade da retomada presencial, inclusive sem a vacinação completa dos professores.