Diretora da Universidade discorre sobre atual momento do centro universitário, em entrevista à Maré de Notícias
Não é a primeira vez, tampouco a última que você lerá sobre cortes de gastos relacionados às universidades de ensino superior público no país.
Mas agora o perigo pode ser maior do que aquele registrado há dois anos. Em maio, em meio a maior crise sanitária do século e já no seu segundo período, 30 de 69 universidades alertaram que não conseguiriam chegar ao fim do ano com o orçamento para suprir os chamados gastos discricionários, que são as despesas indispensáveis (como contas de água, luz, segurança e limpeza), investimentos (reformas, compra de equipamentos e insumos para pesquisas) e bolsas (auxílios para alunos poderem continuar seus estudos). Novamente, estudantes foram à campo, agora de máscaras e álcool gel, lutar pela educação.
Uma delas é a Universidade Federal do Rio, a UFRJ. Em entrevista exclusiva ao Maré de Notícias, a reitora Denise Pires de Carvalho afirma que a faculdade pode fechar as portas em outubro, caso não haja novo aporte do Governo.
‘’A situação é muito grave. Eles desbloquearam uma parte do orçamento que estava parado, e que garantirá o nosso funcionamento até outubro, pagando luz, água, contrato de terceirizados e seguranças. O que é fundamental para continuidade da Universidade, sendo verba discricionária. Quando a gente pensa que o Ministério da Ciência e Tecnologia não está com orçamento para os laboratórios de pesquisa, a situação é ainda mais grave’’.