Em coletiva de imprensa, equipe da gestão da universidade informou que pretende reverter repasse do Ministério da Educação, segundo Gaucha
Com o menor orçamento dos últimos cinco anos, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) só terá condições de pagar despesas até setembro. Em coletiva de imprensa feita de forma virtual nesta quarta-feira, 26, a gestão informou que o corte de quase 20% no orçamento das universidades federais feito pelo Ministério da Educação impede que os serviços básicos sejam pagos, que se retome as aulas presenciais e, além de tudo, que se invista em pesquisa e tecnologia.
De acordo com a reitora da UFPel, Isabela Andrade, os R$ 74 milhões destinados em 2019 foram suficientes para que a instituição encerrasse aquele ano sem débitos, honrando compromissos. Em 2020, no entanto, o repasse caiu para R$ 72 milhões, e, neste ano, caso o governo desbloqueie a verba retida, a universidade contará com R$ 58,9 milhões.
“Estamos aqui para fazer um apelo em nome de todas as universidades federais para que o orçamento seja recomposto ao de 2020, pelo menos”, disse Isabela ao abrir a reunião, que contou com a presença de outros integrantes da equipe de gestão.
De acordo com a reitora, o orçamento destinado às universidades federais em tempos de pandemia deveria ser maior do que os valores repassados nos outros anos. Ainda que a UFPel esteja atuando em ensino remoto, há despesas que devem ser pagas, como aluguel dos espaços, serviços de vigilância e limpeza, energia elétrica, restaurante universitário, entre outros gastos.
O repasse deste ano também impede que se cogite uma retomada das aulas presenciais, o que ainda não está previsto para acontecer na UFPel, mas fica ainda mais distante com o recurso enxuto.
Leia na íntegra: Gaucha