A diretoria da Apufsc-Sindical foi convidada a participar de uma campanha nacional promovida pela UNE, UBES e ANPG em conjunto com o Sintufsc e DCE. No entanto, como não concordamos com os termos por eles propostos, aderimos, apenas com a UNE, à campanha, que teve um custo de R$7.800, por 12 outdoors, exibidos entre os dias 29 de março e 16 de abril.
Assim, na nossa campanha os termos usados foram: “Bolsonaro, chega de mortes!” – [por] VIDA, VACINA, PÃO & EDUCAÇÃO.
Fica bem claro que não incriminamos ninguém, apenas pedimos o fim das mortes – que acreditamos, todos concordam, devem cessar pelos meios que a ciência defende. Cobrar o governo federal, o maior responsável pela condução da pandemia, é um dever cívico e uma atitude proativa para tirar o país desse buraco em que se encontra. Parece-nos inquestionável que no combate à pandemia as ações do governo federal deixam muito a desejar. Esperamos, inclusive, que se apurem todas as responsabilidades, sejam de quem for, nos termos da lei e da Constituição Federal.
Assistir calados não condiz com o papel de um sindicato, ainda mais de professores universitários, que trabalham com o saber científico. Ademais, estão em curso ataques profundos à liberdade acadêmica e, por meio de cortes de verbas, às universidades, à C&T, à Educação Básica, à Saúde etc. Não bastasse isso, a proposta de reforma administrativa (PEC 32/220) se constitui na maior tentativa de desmonte dos serviços públicos e do Estado brasileiro, que propõe acabar com o RJU, com a estabilidade, fazendo retornar o patrimonialismo, o clientelismo, com base no “Quem Indica”. De acordo com a proposta, o chefe do executivo pode, por decreto, extinguir autarquias (Universidades) e demitir servidores. Por fim, as reformas aprovadas já penalizam os reajustes salariais dos servidores públicos até 2036, perdas que se somam a não reposição da inflação acumulada de 25% desde 2017.
De forma remota, temos buscado promover discussões sobre a reforma com os docentes de todas as unidades acadêmicas, a partir de estudos de um Grupo de Trabalho, cujo material está disponível em nosso site, neste link.
Convidamos a todos e todas para participarem dessas discussões. Isso nos diz respeito enquanto servidores públicos e cidadãos. Temos responsabilidade direta na luta em defesa da vida, da educação pública e das políticas públicas. Nosso silêncio pode custar vidas e o futuro da nação. Por isso reafirmamos o tema da campanha:
Bolsonaro, chega de mortes! “VIDA, PÃO, VACINA E EDUCAÇÃO”
APUFSC-SINDICAL