A norueguesa May-Britt Moser e o francês Serge Haroche participam de discussão virtual sobre “O Valor da Ciência” com 40 jovens, como destaca matéria do Correio Braziliense
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) promoveu um evento online na última quinta-feira, 8, de debate entre estudantes universitários de graduação e pós-graduação do Brasil com dois ganhadores do Prêmio Nobel: a norueguesa May-Britt Moser, vencedora do prêmio de medicina em 2014, e o francês Serge Haroche, condecorado por Física em 2012. A brasiliense e estudante de medicina na Universidade de Brasília (UnB), Ágata Costa Coelho, 25 anos, esteve presente nos debates.
O primeiro bloco do evento contou com um diálogo entre May-Britt Moser e Serge Haroche, que serão acompanhados por Luiz Davidovich, presidente da ABC, e Helena Nader, copresidente da Rede Interamericana de Academias de Ciências. A conversa foi conduzida por Adam Smith, diretor científico da Nobel Prize Outreach.
No segundo bloco ocorreram duas mesas-redondas com os ganhadores do Prêmio Nobel, nas quais os estudantes (20 em cada mesa), tiveram a oportunidade de se juntar aos laureados em uma sessão de perguntas e respostas. Inscreveram-se para participar do evento mais de 170 estudantes indicados por cerca de 90 universidades públicas e privadas de 23 Estados do Brasil e do Distrito Federal.
Presidente da Academia de Brasileira de Ciências lembra da importância do evento durante a pandemia
Luiz Davidovich ressalta que os selecionados são excelentes alunos de universidades brasileiras. “Quando fomos escolher os participantes ficamos emocionados com a qualidade dos currículos. Grandes alunos participaram do evento”, afirmou.
Nesse momento de pandemia, O Valor da Ciência tem ainda mais importância, destaca Davidovich. “A superação da pandemia é produto de anos de pesquisa que nos permitiram produzir vacinas seguras em tempo recorde.”
O presidente da academia ainda lembra que hoje o Brasil segue o caminho contrário a grandes nações do mundo. “Infelizmente, a ciência no Brasil é desprestigiada pelas autoridades. O que se enxerga na China, nos Estados Unidos e nos países na Europa é um investimento ainda maior em pesquisa.
As nações sabem que o jeito mais rápido de sair da crise, não só sanitária, mas também social e política, é investindo em ciência, tecnologia e educação. No Brasil, o que a gente vê na realidade são cortes nas verbas de universidades e falta de estímulo a pesquisa”, explica.
Leia na íntegra: Correio Braziliense