Entidades estudantis querem que provas da redação sejam divulgadas para conferência e correção das notas. Inep reafirma inexistência de erros, mostra Estadão
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) informaram que entraram nesta terça-feira, 6, na Justiça para que o prazo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) seja estendido. As organizações querem que as provas de redação sejam divulgadas para que eventuais erros na correção sejam identificados e retificados. A organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sustenta não ter havido erro.
O Sisu é o sistema usado por estudantes de todo o País para ingressar em universidades usando a nota obtida no Enem. O processo seletivo foi iniciado nesta terça-feira e prossegue até a sexta-feira, 9. Diante de relatos de erros na correção, estudantes têm se mobilizado para que uma nova conferência nas notas seja efetuada visando a não prejudicar a seleção para o ensino superior. “Não pedimos nada mais que o direito dos Estudantes de terem acesso às suas correções”, escreveu em uma rede social a UNE.
Em resposta aos estudantes, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que coordena o exame, afirmou, em nota, que, entre os dias 1º e 4 de abril, 100% das imagens de redação foram revisadas pelo Consórcio Cesgranrio-FGV, contratado para operacionalizar o Enem. No comunicado, o Instituto reiterou que, diante das averiguações, “as notas apresentadas na Página do Participante correspondem à realidade da nota atribuída pelos corretores dos textos”.
Os mais de 900 candidatos que se sentiram prejudicados pela avaliação, reunidos em grupos de WhatsApp, alegaram que o erro poderia ter ocorrido no sistema e na computação das médias. Mas, de acordo com o Inep, a correção é confiável. “A folha de redação do Enem é personalizada e possui um código de barras atribuído individualmente a cada participante. Também são impressas nela outras informações pessoais vinculadas ao participante, como nome completo, número de inscrição no exame, CPF e data de nascimento”, disse o Instituto na nota.
Leia na íntegra: Estadão