Conforme Estadão, órgão também vê falta de investimento do Ministério no ensino remoto, que tem sido necessário durante a pandemia; alta presença de profissionais sem experiência em educação e de militares também marcam atual gestão
Em um ano de pandemia, o Ministério da Educação (MEC) reduziu recursos tanto para o que ajudaria o ensino remoto quanto para preparar escolas para uma volta presencial. Relatório da comissão de deputados criada para acompanhar o trabalho do órgão, ao qual o Estadão teve acesso, mostra que o programa de conectividade do ministério teve menos da metade das verbas em 2020 do que tinha em 2019. E o programa de investimentos em infraestrutura das escolas, que precisavam de ajuda para reformar banheiros, salas de aula ou comprar álcool em gel, perdeu R$ 1,6 bilhão.
“É impressionante a negligência com a pandemia. Em um momento de crise geral, vamos perder dois anos de educação para os nossos estudantes”, diz o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), coordenador da Coalizão Parlamentar de Acompanhamento do MEC. Este é o terceiro relatório do grupo, que inclui ainda parlamentares como Tábata Amaral (PDT-SP), Luísa Canziani (PTB-PR) e Professor Israel Batista (PV-DF). “Não está tendo muita polêmica porque não é (ex-ministroAbraham) Weintraub, mas a incompetência é a mesma”, completa Rigoni.
O pastor Milton Ribeiro, atual ministro da Educação, é o terceiro a ocupar a pasta no governo de Jair Bolsonaro. Ele assumiu no lugar de Weintraub, que deixou a pasta em junho em meio a uma polêmica que envolveu ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF), feitas em reunião ministerial de abril, cujo vídeo foi divulgado semanas depois.
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