Reportagem da BBC Brasil evidencia o cenário; governo de São Paulo anunciou na quarta-feira (24) o início da vacinação, a partir de 12 de abril, de educadores acima de 47 anos que trabalhem em creches e escolas até o ensino médio nas redes municipais, estadual ou privada
Segundo os cálculos do governo paulista, trata-se de um contingente de 350 mil pessoas (incluindo docentes, diretores de escola e inspetores escolares), como um esforço de proteger “essa população e também as crianças” quando as aulas presenciais forem retomadas, afirmou o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, durante a entrevista coletiva.
O secretário da Educação, Rossieli Soares, disse se tratar de um “dia de esperança para o professor que tem seus medos, mas sabe a importância de estar com seus estudantes, de pais e mães que sabem a importância da escola”. O sindicato que representa professores da rede estadual paulista (Apeoesp) disse que a medida foi uma “vitória da mobilização” da categoria.
Entidades profissionais ligadas à educação vêm reivindicando a priorização de trabalhadores de escolas na vacinação, como forma de dar segurança à volta das aulas presenciais e, dessa forma, minimizar os danos causados por um ano de fechamento quase completo das escolas.
No início de março, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, chegou a comemorar como uma “vitória da educação brasileira” o pedido ao Ministério da Saúde pela inclusão de professores entre os grupos prioritários, mas até agora a medida não teve efeitos práticos: nas versões mais recentes do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do governo federal não constam mudanças no status de educadores na ordem dos grupos prioritários.
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