Ministério abriu editais para contratar profissionais de fora do órgão, já que Inep discorda da forma e do conteúdo da avaliação. Exame vai focar no método fônico de ensinar a ler e escrever, contestado por alguns especialistas, mostra Estadão
O Ministério da Educação (MEC) tenta fazer uma nova prova de alfabetização no País sem a participação de técnicos e estatísticos da autarquia responsável pelas avaliações, que discordam do conteúdo. Onze editais foram lançados este mês para contratação de 20 consultores externos para trabalhar por alguns meses na reformulação do exame para alunos do 2º ano do ensino fundamental, recebendo R$ 515 mil no total.
A intenção é que esses profissionais elaborem centenas de questões para avaliar, por exemplo, a aptidão para “relacionar fonema com uma representação escrita” ou a “habilidade de leitura de frases simples na ordem direta e na voz ativa”. A metodologia “voltada para a literacia e a numeracia”, como afirmam os editais, é relacionada ao chamado método fônico de alfabetização, questionado por muitos educadores.
Além disso, especialistas afirmam que o trabalho poderia ser feito pelos técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), autarquia que oficialmente define os critérios e os mecanismos das avaliações da educação no País.
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