Série de reportagens relata como os últimos 12 meses de isolamento social afetaram a rotina na Universidade
A decisão foi tomada em um domingo à tarde. A Administração Central da UFSC, no dia 15 de março de 2020, assessorada por especialistas, buscou evitar que, no dia seguinte, milhares de pessoas se deslocassem até os cinco campi da Universidade. Dias antes já havia suspendido formaturas, solenidades e eventos. Começava assim um processo que já dura um ano. Uma nova realidade para mais de 47 mil pessoas que, do dia para a noite, deixaram de conviver presencialmente.
Primeiro suspenderam-se as aulas presenciais. Assim, os quase 40 mil alunos deixaram de ir à Universidade logo no dia seguinte, 16 de março. Em seguida, os técnicos-administrativos em Educação e os professores transferiram suas atividades de trabalho para o ambiente de suas casas. Todos com as mesmas atribuições, mesma carga horária e mesmas responsabilidades, em um novo ambiente. Ninguém parou. Aos poucos, as cidades decretaram suas restrições, e instalou-se uma nova espera. Quando poderíamos voltar?
Um ano depois, não há resposta para essa pergunta. Enquanto isso, as equipes da UFSC se dividem entre aqueles que trabalham de suas casas e aqueles que ainda se deslocam para os campi para fazerem a segurança, a pesquisa, o atendimento no Hospital Universitário e outros serviços que são feitos presencialmente.
“Um ano atrás, a UFSC decidiu, corajosamente, adotar medidas de distanciamento com um único propósito: preservar vidas! Fomos chamados de precipitados, recebemos críticas, diziam que era cedo para suspender atividades. A doença, contudo, revelou que estávamos no caminho certo! Mais do que isso: passado um ano, estamos em situação muito mais grave. Milhões de pessoas contraíram a Covid-19, e as mortes se multiplicam em escala assustadora. Desde o início, faltou um plano nacional de enfrentamento à pandemia. Estados e municípios, empresas públicas e privadas, cidadãos e cidadãs ficaram perdidos. Nossa maior aliada, desde o início, foi a Ciência! E nós, na Universidade Federal, sempre deixamos claro que a Ciência foi nossa principal orientação. Nunca paramos de trabalhar, mas tivemos que alterar profundamente nossa rotina”, escreveu o reitor Ubaldo Cesar Balthazar em uma nota publicada na última terça-feira, dia 9.
As profundas alterações no nosso cotidiano afetaram todas as atividades da UFSC. Mudou a forma de gerir e disseminar a cultura e arte, as atividades desportivas, as relações internacionais, as atividades ligadas à inovação, e, principalmente o ensino, a pesquisa, a extensão e a gestão universitária.
Nesta reportagem especial, leia relatos, depoimentos, e dados dos últimos 12 meses de isolamento social, de cuidado e respeito à vida. Mergulhe nas histórias da UFSC durante a pandemia nas matérias abaixo:
Um ano depois: trabalho marcado pela adaptação de rotinas e procedimentos
Um ano depois: pesquisa se estendeu da busca por vacina ao estudo dos impactos psicossociais da pandemia
Um ano depois: transição para o ensino remoto exigiu superação de desafios e criatividade
Um ano depois: atividades e projetos de extensão alcançaram mais de 453 mil pessoas
Fonte: Notícias UFSC