Frente é composta por escritórios de advocacia que oferecem apoio para investigados criminal ou administrativamente por terem expressado uma ideia ou criticado uma autoridade pública
Tema recorrente durante os tempos mais sombrios da história brasileira, a liberdade de expressão tem retornado à pauta das reivindicações. Grupos da sociedade civil lançam a frente “Cala boca já morreu”, voltada para a garantia do exercício do legítimo direito de expressão dos cidadãos. Iniciativa do influencer Felipe Neto, a frente é composta por escritórios de advocacia que oferecem apoio para investigados criminal ou administrativamente por terem expressado uma ideia ou criticado uma autoridade pública.
A ação tem como mote “a liberdade de expressão no Brasil está sob ataque. É hora de oferecer ajuda”. Na prática, o objetivo é prestar assistência jurídica a qualquer cidadão intimado como investigado em inquéritos movidos por motivos políticos, atuando na defesa e apurando eventuais abusos por agentes públicos.
:::: Acesse a página da frente “Cala boca já morreu ::::
“Cala boca já morreu” é uma reação de Felipe Neto, recentemente intimado a depor por ter chamado o presidente Jair Bolsonaro de “genocida”. A investigação foi aberta com base na Lei de Segurança Nacional, remanescente da ditadura militar, e no Código Penal, por suposta calúnia contra Bolsonaro. O assunto gerou uma mobilização nas redes sociais, em apoio ao influencer. Nesta quinta (18), a Justiça suspendeu a apuração, por decisão da 38ª Vara Criminal. Há outras ações pelo país focando em ativistas e autores de outdoors com críticas a Bolsonaro.
A página da frente “Cala boca já morreu” destaca: “o autoritarismo é como um vírus, que vai se espraiando pelo corpo, matando-o aos poucos. A democracia, todavia, conhece várias vacinas”. E segue: “uma delas é o controle pelo Judiciário dos avanços ilegais; um outra é a solidariedade. Aquele sentimento humano profundo, que faz sentir a dor do outro como sua”.
Integram a iniciativa os escritórios André Perecmanis Advogados, Arruda Botelho Sociedade de Advogados, Davi Tangerino & Salo de Carvalho e XVV Advogados.
Com informações do Estadão e Terra.