Declaração foi feita no dia em que o país registrou número recorde de mortes por Covid-19
Durante a entrega de ônibus escolares no Tocantins, na manhã de quarta-feira, 10, o ministro da educação Milton Ribeiro disse que é a favor de manter as escolas abertas observando os protocolos de biossegurança contra o coronavírus.
No mesmo dia o País atingiu mais um recorde na pandemia, tendo pela primeira vez registradas mais de 2.000 mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. Ao todo, foram contabilizados 2.349 óbitos, média diária de 1.645 mortes. O país soma 270.917 vítimas pela doença, com 11.205.972 infectados.
“Naturalmente nós temos que ter maior cuidado com a questão da biossegurança, dos protocolos. Desde o início o meu discurso foi o seguinte: eu quero, sim, as escolas abertas, mas não a qualquer preço”, afirmou.
Segundo o ministro, os governadores e prefeitos sabem como está a situação sanitária de cada região, mas o MEC enviou, no final do ano passado, mais de R$ 700 milhões para as escolas públicas se adequarem aos protocolos de segurança.
“Dinheiro que chegou lá na ponta, no CPF, como a gente diz, do diretor da escola, para que ele pudesse fazer pequenas reformas e também adquirisse EPIs, álcool em gel e pudesse administrar esse recurso com objetivo do retorno às aulas. Então, eu não sou a favor das classes fechadas, de maneira alguma, eu sou a favor do retorno à educação, observando os protocolos de biossegurança”, afirmou.
Segundo o ministro, não se pode pensar que o vírus está somente na escola. “Estamos preocupados sim com a saúde do nosso povo. Só não podemos achar que só se pega o vírus dentro da escola. Só não podemos achar que a escola é o lugar preferido do vírus atacar. Não é verdade. Temos que ter um cuidado a todos e com todos, mas observando que a falta de escola também traz um impacto muito ruim para o nosso povo”.
Apesar da declaração, o ministro não deu uma previsão de quando os professores serão vacinados. Disse que deverá se reunir com o ministro da saúde Eduardo Pazuello para pedir novamente que os servidores da educação sejam imunizados o mais breve possível. No Plano Nacional de Imunização (PNI), os professores ocupam a 15ª posição na ordem de vacinação.