Enquanto governo busca legalizar ensino domiciliar, pandemia leva a retrocesso no setor; Valor Econômico conversou com especialistas da área
A educação entrou na lista de prioridades do governo federal para este ano legislativo, mas não exatamente pelos motivos que especialistas da área consideram cruciais. É verdade que a pandemia reavivou o debate sobre o ensino domiciliar, que o Supremo Tribunal Federal não reconheceu como legal em 2018, por falta de lei que o regulamente, e que o governo agora quer tornar oficialmente uma opção. Mas a pandemia também levantou inúmeras outras questões sobre educação que especialistas consideram mais importantes.
“O problema não é o ensino domiciliar ser bom ou ruim, mas colocá-lo como pauta prioritária nas casas legislativas, num país com déficit de educação gigantesco, onde menos da metade das crianças é alfabetizada até os oito anos”, diz Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann. Ele diz que essa é uma demanda de menos de 1% das famílias. Para os outros 99%, a grande questão atual é como garantir qualidade no aprendizado em meio aos desafios que a pandemia continua impondo.
Um recente estudo encomendado pela Fundação Lemann ao Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e a África Lusófona, da Fundação Getulio Vargas, indica que as medidas para combater a disseminação do coronavírus podem levar a um retrocesso de até quatro anos na qualidade do ensino a crianças e adolescentes do Brasil.
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