Fase amarela libera aulas no ensino superior para 35%, mas instituições atrasam retomada em cenário de incerteza sobre plano de flexibilização e avanço da pandemia
Na contramão das escolas, que reabrem neste mês em São Paulo, faculdades públicas e particulares não têm pressa para retomar atividades presenciais. Mesmo com aval para reabrir no Estado, as instituições planejam manter no modelo remoto as aulas teóricas no 1º semestre. Entre os motivos citados pelas reitorias, estão a boa aceitação do ensino a distância, incertezas sobre o plano de flexibilização da quarentena e a necessidade de avanço maior na vacinação.
Decreto da gestão João Doria (PSDB) de dezembro estabeleceu que o ensino superior poderia retomar atividades com 35% dos estudantes a partir da fase amarela do plano de flexibilização da quarentena. Da educação infantil ao ensino médio, o aval de reabertura foi dado mesmo nas fases mais restritivas (laranja e vermelha) e a maioria dos colégios está com as portas abertas. Nesta semana, a Grande São Paulo e outras regiões, como Campinas e a Baixada Santista, avançaram para a fase amarela, o que libera o retorno parcial do ensino superior.
Com início do semestre letivo marcado para abril, a Universidade de São Paulo (USP) ainda não definiu o formato das aulas. Segundo o vice-reitor, Antonio Carlos Hernandes, essa definição “depende das condições epidemiológicas e/ou da vacinação dos profissionais da educação”. Por enquanto, a universidade está na fase máxima de restrições, em que as atividades devem, preferencialmente, ser realizadas de forma remota. O plano da USP só prevê retorno presencial para aulas teóricas de graduação na fase azul, a menos restritiva.
Já a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) suspendeu no fim de janeiro as atividades presenciais em função da “piora da pandemia”. Segundo o reitor, Marcelo Knobel, “tudo o que puder será feito de maneira remota no 1º semestre”.
Na Unesp, que deve começar a maior parte das atividades de graduação para os calouros só em abril, a previsão é manter o ensino remoto, em função do “recrudescimento da pandemia”.
As Faculdades privadas calculam o ônus de oferecer classes presenciais e ter de mudar os planos no meio do semestre.
Leia na íntegra: Estadão