Como mostra o ND, companhia afirma que coletas demonstram níveis de oxigênio adequados para a vida marinha, enquanto Lafic diz que os níveis estão próximos de zero, caracterizando a chamada zona morta
Desde o desastre ambiental ocorrido no dia 25 de janeiro na Lagoa da Conceição, técnicos da Casan têm feito coletas diárias para monitorar a qualidade de água. De acordo com os últimos resultados anunciados, os monitoramentos demonstram níveis de oxigênio adequados para a vida marinha, mas não coincidem com os resultados obtidos pelo Lafic (Laboratório de Ficologia), da UFSC.
Os últimos resultados foram anunciados na segunda-feira (1º), uma semana após o desastre. De acordo com a companhia, a medição realizada com um oxímetro foi feita a 400 metros em linha reta do local onde o deslizamento encontrou a Lagoa na semana passada. “Os valores de oxigênio dissolvido a 1,50 m de profundidade variaram entre 7,7 e 8,5 miligramas por litro”, informou a Casan.
Ainda segundo a companhia, as medições repetem os dados obtidos em coletas realizadas na beira da Lagoa desde a semana passada, e demonstram níveis de oxigênio adequados para a vida marinha. Na semana do desastre, a Casan afirmou que “todos os pontos coletados na Lagoa, até o momento, mostraram níveis de oxigênio acima de 7,50 mg/L, em abundância para peixes e demais organismos”.
De acordo com o biólogo e professor dos cursos de pós-graduação em Ecologia e Oceanografia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Paulo Horta, as informações divulgadas pela Casan em relação a análise da qualidade da água não coincidem com os resultados obtidos pelo projeto Ecoando Sustentabilidade, por meio de análises feitas pelo LAFIC (Laboratório de Ficologia) ao longo da semana.
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