Em entrevista ao ND, professora do departamento de Saúde Pública, Ana Luiza Curi Hallal, destaca que a taxa de transmissão da variante pode ser até 70% maior
No fim de 2020, o anúncio feito pela Inglaterra sobre uma nova cepa mais contagiosa do vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, deixou o mundo em alerta.
Em Santa Catarina, dois casos suspeitos da variante foram testados e as amostras foram enviadas para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que fará a investigação e confirmação da cepa circulante. Ainda não havia previsão para o resultado da análise.
Identificada como cepa B.1.1.7., a variante já teria se espalhado por 150 países. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou, nesta segunda-feira (4), os dois primeiros casos no Brasil da variante do novo coronavírus identificada inicialmente no Reino Unido.
De acordo com a epidemiologista e professora do departamento de Saúde Pública da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Ana Luiza Curi Hallal, a nova variante pode aumentar a taxa de transmissibilidade do vírus entre 30% a 70%.
Mutações
A especialista explica que, assim como os demais vírus, o Sars-Cov-2 sofre mutações. Essas variações sofridas no código genético são agrupadas em linhagens e classificadas.
Como se trata de um vírus recente, as suas características estão sendo acompanhadas por estudos a partir do sequenciamento genético.
Esse sequenciamento é realizado em laboratórios do mundo interior, inclusive, na Fiocruz, cujas pesquisas são referência para o Ministério da Saúde.
Os códigos obtidos através dos sequenciamentos são comparados e compartilhados em um banco de dados mundial, chamado iniciativa global de compartilhamento de dados de influenza.
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