Departamento de Saúde Pública da UFSC elaborou um documento pedindo o cancelamento da portaria que baliza o retorno das atividades escolares
O Departamento de Saúde Pública da UFSC entregará nesta segunda-feira (7) ao governador Carlos Moisés (PSL) um documento em que cobra o controle da pandemia no Estado, e um plano adequado para retomada das aulas presenciais no ano que vem. No texto, pedem o cancelamento da portaria que baliza o retorno das atividades escolares no momento, e solicitam que o governo não sancione o projeto de lei aprovado pela Alesc que obriga a abertura de escolas – decisão considerada “açodada”, “sem critério sanitário” e baseada em “falsas simetrias”.
“Não é correto fazer comparações diretas (com outras realidades) sem considerar as diferenças estruturais das escolas, a capacidade de vigilância disponível, a seriedade dos governos no enfrentamento à pandemia, o controle da disseminação do vírus e a forma de coordenar os demais setores econômicos”, afirma o documento.
O Estado tem uma hoje uma portaria vigente, que autoriza aulas presenciais com exceção das regiões que estão em estado gravíssimo de risco – é o caso, atualmente, 15 das 16 regiões do mapa de risco. O projeto de lei aprovado na Alesc estabelece a educação como atividade essencial, e retira do Estado a possibilidade de restringir a abertura das escolas durante o período de pandemia.
Os sanitaristas reconhecem que o ano perdido na educação é uma tragédia para o país e para o Estado. E creditam a situação à incapacidade dos governados de controlar a pandemia, para promover um retorno seguro das crianças e adolescentes às salas de aulas.
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