Os mais ricos (mais de 10 salários mínimos) são os mais favoráveis às cotas. Já os com ensino superior (37%) e os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (36%) são os mais contrários
Pesquisa PoderData (divisão de estudos estatísticos do Poder360) indica que a maioria da população brasileira (59%) é favorável a cotas para negros nas universidades públicas. Outros 26% são contra, enquanto 15% não quiseram ou não souberam responder.
Cotas são modelos de ações afirmativas que têm como objetivo diminuir a desigualdade socioeconômica e educacional. No Brasil, a UnB (Universidade de Brasília) foi a 1ª a usar o sistema de cotas raciais, em 2004.
Agora, todas as instituições de ensino do país são obrigadas por lei a reservar pelo menos 50% de suas vagas a estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Normalmente, dentro dessas vagas há subdivisões – destacando-se reservas também para pretos, pardos e indígenas.
Universidades de outros países também usam o sistema. Alguns exemplos são: África do Sul, Austrália, Canadá e Estados Unidos.
Os dados foram coletados de 9 a 11 de novembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 501 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Os mais ricos (mais de 10 salários mínimos) são os mais favoráveis às cotas. Já os com ensino superior (37%) e os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (36%) são os mais contrários.