Justiça Federal aceitou nesta terça-feira denúncias contra 13 servidores da universidade em apuração de supostas irregularidades em contratos
A Administração Central da UFSC emitiu uma nota nesta quarta-feira (18) sobre os recentes desdobramentos da operação da Polícia Federal denominada “Ouvidos Moucos”, que investiga supostas fraudes na contratação de serviços por fundações de apoio da universidade.
Na terça-feira (17), um despacho da juíza da 1ª Vara Criminal Federal de Florianópolis, Janaina Cassol Machado, aceitou parcialmente as denúncias do Ministério Público Federal contra 13 membros da comunidade acadêmica. A magistrada desconsiderou na representação o crime de lavagem de dinheiro, mas considerou os crimes de peculato e concussão.
“Neste momento, queremos externar nosso total apoio e solidariedade aos servidores que já sofreram abuso de autoridade e aguardam há 1.158 dias a oportunidade de se defenderem juridicamente. Todos são inocentes até prova em contrário, e esperamos que nossos colegas sejam tratados com base nesse princípio constitucional e na Lei Cancellier, a Lei nº 13.869/2019, que coíbe o abuso de autoridade”, diz a nota emitida pela UFSC.
Em entrevista coletiva na tarde desta quarta, o reitor Ubaldo Cesar Balthazar declarou que a universidade colabora desde o início com as investigações e que os 13 denunciados, com exceção de um servidor aposentado, continuam trabalhando normalmente em suas funções.
O reitor informou ainda que uma comissão estuda a implementação de um sistema de transparência quanto às finanças e pagamentos da UFSC, “para evitar qualquer dúvida sobre a aplicação dos recursos na universidade”.
Leia a nota da UFSC na íntegra
A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina comunica que tomou ciência, com indignação, da notícia sobre o recebimento de denúncia contra os 13 membros de sua comunidade, que seguem sendo citados por envolvimento na chamada operação “Ouvidos Moucos”.
Neste momento, queremos externar nosso total apoio e solidariedade aos servidores que já sofreram abuso de autoridade e aguardam há 1.158 dias a oportunidade de se defenderem juridicamente. Todos são inocentes até prova em contrário, e esperamos que nossos colegas sejam tratados com base nesse princípio constitucional e na Lei Cancellier, a Lei nº 13.869/2019, que coíbe o abuso de autoridade.
A comunidade universitária ainda se recupera dos momentos trágicos que viveu em 2017, vítima de uma operação baseada no abuso de autoridade e que significou uma ruptura com o Estado Democrático de Direito. A cada nova etapa, a UFSC reafirma seus compromissos com a verdade e segue de portas abertas reforçando a transparência e lisura de seus processos.
Assim como acolhemos os membros da nossa comunidade em seu retorno após meses de afastamento de suas funções, os apoiamos e oferecemos todas as condições para que possam se defender dessas infundadas acusações.
Imprensa Apufsc