Milton Ribeiro deu declarações que podem configurar crime de homofobia
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, seja ouvido com “celeridade” pela Polícia Federal (PF) sobre declarações que podem configurar crime de homofobia.
De acordo com a manifestação, assinada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a medida é necessária para “instruir o presente feito e, sobretudo, formar adequadamente o convencimento a respeito da autoria e da materialidade do fato”.
A autorização para que Ribeiro fosse ouvido foi dada no início de outubro, pelo ministro Dias Toffoli. Na ocasião, ele determinou que o depoimento fosse colhido para decidir se abre ou não um inquérito para investigar se o ministro da Educação cometeu crime de homofobia.
A investigação foi pedida pela PGR após Ribeiro conceder uma entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” e afirmar que gays vêm de “famílias desajustadas”. Para ele, “o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo vêm, algumas vezes, de famílias desajustadas”.
O ministro também culpou a “falta atenção do pai, falta atenção da mãe”. “Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios.” Após a repercussão, Ribeiro emitiu nota e pediu desculpas quem se sentiu ofendido.
Leia na íntegra: Valor Econômico