Estado já havia registrado maior alta em 40 dias no dia 22 de outubro
Santa Catarina registrou, na última quarta-feira, 28, 2.652 casos da Covid-19, a maior alta diária de casos desde o dia 31 de agosto, quando o Estado contabilizou 2.697 casos. Agora, o total é de 252.551 casos, com 237.563 (94%) dos pacientes já recuperados.
As altas acima de dois mil casos voltaram com mais frequência nas últimas semanas, sendo a desta quinta a maior, mas na última quinta, 22, também foi registrada a maior alta diária em 40 dias. Atualmente são 3.068 mortes pelo vírus, sendo nove incluídos neste boletim epidemiológico. Assim, proporcionalmente, são 3.524 contaminados e 42,8 mortos a cada 100 mil catarinenses. A taxa de letalidade fica em 1,21%, a menor do país.
O epicentro segue no Norte, com a cidade de Joinville tendo 24.253 confirmações de casos até agora, mais do que 10% dos registros em todo o território catarinense. Florianópolis, que voltou a ficar próximo do topo da lista de casos, figura como uma das cidades com maiores altas diárias, e soma até então, 19.375 registros.
O comportamento do vírus pode ser interpretado como uma terceira onda de casos, com uma média de mil novos casos por dia em outubro. Após semanas na casa dos 50%, o índice de ocupação dos 1.473 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltou a ficar acima dos 60%.
São, atualmente, 896 leitos ocupados, sendo 214 por pacientes da Covid-19, e 682 por pacientes com outras enfermidades, deixando 577 leitos livres, e o índice de ocupação em 60,8%. Sete unidades ao longo do Estado estão com todos os seus leitos gerais ocupados, podendo ofertar somente leitos para pacientes com o novo coronavírus. No total, são 88 leitos gerais ofertados por essas unidades, com somente um paciente do vírus.
MPSC recomenda medidas urgentes
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) emitiu recomendações a Florianópolis e Balneário Camboriú, no intuito de conter os episódios de aglomerações vistos no último feriado. Os municípios têm 48h para aplicarem uma série de medidas com objetivo de frear a disseminação do novo coronavírus.
A 33ª Promotoria da Capital, na representação do promotor Luciano Trierweiler Naschenweng, consolida suas justificativas a partir de uma série de evidências, desde o decreto de pandemia estipulado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em 30 de janeiro, até o movimento registrado na praia de Canasvieiras, nesta quarta-feira, 28, dia de temperatura alta em todo o Estado aliado ao dia do Servidor Público.
O documento lembra a situação do Mapa de Risco onde a capital está inserida, bem como a ocupação dos leitos da UTI na Grande Florianópolis.
“Considerando que em todos os feriados são registrados diversos focos de aglomeração de pessoas, sem o uso de máscara em espaços públicos como praias, praças e bares que funcionaram em contrariedade à proibição do exercício da atividade”, salienta um trecho da determinação.
A partir de tudo isso o MPSC “recomenda com urgência”, em intervalo máximo de 48h, a elaboração de um estudo para que regras sejam impostas – e devidamente publicizadas – a fim de evitar a repetição destes mesmos cenários. Além das medidas de combate a orientação é para que o município fiscalize “os setores com maiores índices de aglomeração”
Em caso de não aplicação das medidas, o documento alerta para a “propositura de ação civil pública, além de outras medidas judiciais e extrajudicias”.
Com informações de: ND