Contando instituições privadas, federais, estaduais e municipais no país, apenas 6,3% dos cursos de graduação alcançam excelência
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) evidenciou o abismo entre instituições públicas e privadas de ensino superior. Somente 6,3% dos cursos de graduação avaliados no Enade 2019 alcançaram conceito 5, nota máxima da avaliação, desses, aproximadamente 80% são de universidades públicas. Cerca de 35,3% dos 8.368 cursos avaliados na última edição do Enade foram “reprovados”, ou seja, obtiveram conceito 1 ou 2, os mais baixos da avaliação. O conceito Enade varia de 1 a 5 e, em 2019, 391.863 estudantes concluintes do ensino superior fizeram a prova. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC).
Segundo as estatísticas, a maior parte dos cursos de graduação avaliados, 58,5% deles, pontuam nas faixas 3 e 4. A cada ano o Inep avalia cursos de determinadas áreas. Na última edição, as áreas avaliadas foram Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Agrárias, Ciências da Saúde; no bacharelado. E Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança; para cursos superiores de tecnologia. O Enade mede as habilidades adquiridas pelos estudantes ao longo da formação universitária. A prova é composta por 40 questões, das quais dez são de Formação geral e 30 de conhecimento específico.
Uma análise dos dois extremos mostra que, no total, 419 cursos receberam conceito 1, a nota mais baixa da avaliação e 512 cursos alcançaram a nota 5. Entre aqueles de pior pontuação, 377, ou cerca de 90%, eram de instituições privadas de ensino. No lado oposto, dos cursos que receberam a nota mais alta, 417 deles, o que representa 81,4%, eram de instituições públicas de ensino, com maior destaque para as universidades federais (342 cursos com nota 5). Considerando o total de cursos de instituições privadas, apenas 1,5% dos 6360 avaliados no Enade obtiveram conceito 5. O percentual de notas máximas foi muito maior entre as instituições públicas de ensino.
Leia na íntegra: O Globo