Dos 645 municípios paulista, apenas 128 devem reabrir escolas; capital e 38 cidades da região metropolitana resolveram adiar volta das atividades
As escolas públicas e privadas do estado de São Paulo podem reabrir a partir desta terça-feira (8) para aulas de reforço escolar, tutoria e atividades esportivas em regiões que estejam na fase amarela do plano de flexibilização econômica há, pelo menos, 28 dias. Já a retomada das aulas presenciais está prevista parao dia 7 de outubro em todo o estado.
Apesar da autorização do governo do estado, cada prefeitura possui autonomia de decidir se as escolas vão reabrir, ou não, em suas cidades. Segundo o último levantamento da Secretaria Estadual de Educação, apenas 128 dos 645 municípios de SP devem reabrir para as atividades de reforço nesta terça. Já as 39 cidades da região metropolitana, que inclui a capital paulista, não devem reabrir as escolas na data autorizada pelo governo do estado.
Segundo o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, as aulas devem começar a voltar lentamente no estado. No entanto, ele ressaltou que caso as aulas presenciais voltem em 7 de outubro, a decisão de retorno será opcional aos pais, alunos e demais instituições de ensino.
“Acho que a gente tem que começar a voltar lentamente. A gente tem ainda a decisão sobre outubro, nós temos a previsão de volta às aulas para o dia 7 de outubro, ainda temos que cumprir algumas condicionalidades do mês de setembro, não temos ainda nem a certeza a volta às aulas em outubro, estou falando de atividades curriculares que, se voltar, não serão obrigatórias aos alunos na primeira etapa estarem presencialmente”, afirmou na manhã desta terça (8) em entrevista ao Bom Dia SP.
Para que as aulas presenciais retornem em outubro, todo o estado de São Paulo deve estar no amarelo em setembro. “Nós temos que ter certeza que será o momento adequado. Se não for, a prioridade é salvar vidas”, disse Rossieli.
Segundo a Secretaria da Educação, ainda que os prefeitos autorizem a reabertura das escolas para aulas de reforço, cada instituição de ensino possui autonomia para ver suas demandas e necessidades específicas e assim optar por reabrir, ou não, sempre dialogando com a comunidade escolar.
Além disso, só poderão participar dessas atividades alunos que tiverem autorização dos pais. Estudantes e profissionais do grupo de risco permanecem, obrigatoriamente, em atividades remotas.
Rossieli Soares ressaltou que o retorno das atividades de reforço irá proporcionar aos alunos um contato socioemocional, além do uso de laboratórios de informática, auxiliando os estudantes que não possuem computadores ou conexão com a internet em casa.
“A gente não está atrás de fazer, obrigatoriamente, que todos os municípios abram no mês de setembro. É uma atividade de reforço, é uma avaliação local, seja no aspecto da Saúde que os municípios estão olhando, ou seja também no aspecto da própria escola dialogando com a comunidade e fazendo atividades pequenas”, afirmou o secretário da Educação.
Na cidade de São Paulo a reabertura das escolas para atividades de reforço foi proibida pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Além das escolas municipais, também foi vetado o retorno das aulas nas escolas estaduais e particulares no município com base no resultado de um inquérito sorológico realizado pela prefeitura em alunos da rede municipal. O estudo apontou que o retorno às aulas presenciais, ainda que com restrições, representa uma elevação do risco de contaminação por Covid-19 no município. Covas não descartou a possibilidade de retorno em outubro.
Leia na íntegra: G1