Mais de 123 mil crianças da rede municipal de ensino tiveram contato com o vírus, segundo inquérito sorológico divulgado nesta quinta-feira, 26
O prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que a data de reabertura das escolas públicas e privadas na cidade de São Paulo será definida somente após a realização da terceira fase do inquérito sorológico entre crianças e adolescentes. O novo resultado dos testes sorológicos será divulgado no mês de setembro. O objetivo da testagem é identificar o percentual das crianças e adolescentes da rede de ensino que já tiveram contato com o vírus.
“A segunda fase mostra o acerto da decisão da prefeitura em não autorizar o retorno as aulas no mês de setembro aqui na cidade. Nos próximos dias, entre 10 e 15 de setembro, nós devemos ter a terceira fase do inquérito realizado com crianças, abrangendo não apenas os alunos da rede municipal mas também da rede estadual e privada na cidade de São Paulo. E, a partir da terceira fase, a prefeitura vai decidir se teremos ou não retorno às aulas neste ano na cidade”, afirmou o prefeito na tarde desta quinta-feira, 26, durante divulgação da pesquisa que mostra a presença do vírus entre crianças e adolescentes.
Covas ressaltou que a decisão da volta às aulas será da área da Saúde. A segunda fase do inquérito sorológico entre crianças e adolescentes, realizada pela Prefeitura de São Paulo, mostra que quase 70% das crianças infectadas pelo coronavírus são assintomáticas, ou seja, sete em cada dez crianças que testaram positivo não apresentaram nenhum sintoma da doença.
O mapeamento foi feito com seis mil crianças e adolescentes de 4 a 14 anos da rede municipal de ensino. O estudo aponta aumento na prevalência da Covid-19 de 16,1% para 18,3% entre a primeira e segunda fase da pesquisa. Isto significa que subiu de 108.823 alunos que possuem o vírus do coronavírus para 123.624.
A pesquisa também mostra que a cor é um fator preponderante nos casos de contaminação do coronavírus e a população preta e parda é a mais contaminada pela doença também entre as crianças e os adolescentes. O vírus está presente em 20% da população preta/parda e entre 16,1% dos brancos.
“Ainda uma prevalência em crianças da cor e raça preta e parda, onde temos 20%, mas sem uma diferença significativa em relação a cor e raça branca”, disse o secretário municipal da Saúde.
“Nós também constatamos, nesta fase, indivíduos com renda de classe D e E maior do que na classe C. Não houve aumento significativo em relação à fase anterior”, completou.
Leia na íntegra: G1