A resistência de Bruno Covas em reabrir as escolas causou divergência entre auxiliares do prefeito e do governador João Doria, que reclamam da falta de alinhamento entre os dois tucanos
A Prefeitura de São Paulo considera improvável a volta das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas ainda este ano. A avaliação de auxiliares do prefeito Bruno Covas (PSDB) é de que os dados do inquérito sorológico feito pelo Município entre 6 e 10 de agosto, que mostrou alta taxa de crianças assintomáticas na cidade, apontam que seria arriscado a retomada, ainda que seguindo protocolos sanitários.
Covas já descartou publicamente a volta das aulas em setembro, mas vai esperar o resultado das próximas três etapas do inquérito, que serão feitas também na rede privada, para tomar uma decisão definitiva.
O vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), reiterou na quinta-feira, 20, que as 645 prefeituras de São Paulo terão autonomia para decidir se vão ou não acompanhar o cronograma previsto pelo Estado para o retorno presencial.
A Secretaria Estadual de Educação autorizou a abertura gradual das escolas nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo em duas datas distintas. A partir do dia 8 de setembro, a retomada atenderia alunos com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. A retomada efetiva, mas ainda gradual e restrita, é prevista para 7 de outubro.
A resistência de Bruno Covas em reabrir as escolas causou divergência entre auxiliares do prefeito e do governador João Doria (PSDB), que reclamam da falta de alinhamento entre os dois tucanos. Covas tem adotado uma postura mais cautelosa em relação à abertura do que Doria. No Palácio dos Bandeirantes, prevalece a tese que as escolas deveriam reabrir e caberia às famílias definir quem volta ou não. Auxiliares do governador e do prefeito tiveram momentos tensos nos bastidores.
Leia na íntegra: Estadão