O presidente da Apufsc, Bebeto Marques, participou pelo Observatório do Conhecimento
Em debate online realizado nesta quarta-feira (19), parlamentares de sete frentes parlmentares pela Educação e pela Ciência e representantes de entidades de professores, estudantes e cientistas debateram a proposta governamental de cortes orçamentários para universidades e institutos federais em 2021. O presidente da Apufsc-Sindical, Bebeto Marques, participou como representante do Observatório do Conhecimento.
Também participaram os presidentes do Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) e da UNE (União Nacional dos Estudantes), além de representantes da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino), do Conif , SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Forplan (Fórum de Pró-reitores de Planejamento e Administração), entre outros. O debate foi transmitido pela página do Conif (conselho que representa as instituições federais de Educação)
O presidente da Apufsc reforça a importância da ação conjunta de entidades ligadas à ciência e educação para constituir uma força política e social, e exigir que o governo modifique sua promessa de lei orçamentária. “Nós não vamos aceitar o sucateamento da ciência e da educação brasileira. Não aceitaremos o desmonte da educação pública”, salienta. “Precisamos mostrar para a sociedade essa distorção do governo federal que prevê um investimento maior na pasta da defesa em detrimento da educação, das universidades e da ciência”.
Na avaliação de Bebeto Marques, foi uma reunião bastante representativa das entidades educacionais e sindicais. Ele considera promissora essa união entre as instituições para barrar a proposta de corte do governo. A publicação de um manifesto e a organização de um grande ato nacional em defesa da educação foram debatidos no encontro virtual, bem como uma campanha por mais verbas para a educação e menos para as armas. Com o apoio da sociedade civil, avalia o presidente da Apufsc, as frentes parlamentares e entidades da educação terão forte ação política junto ao Congresso.
A deputada federal Margarida Salomão (PT/MG) lembrou que o corte atinge não apenas as universidades, mas todas as esferas de ensino. “Alcança os institutos federais, as universidades federais, alcança a educação básica. Então de fato, compromete de forma muito grave o futuro no Brasil e as perspectivas de pesquisa brasileira”.
“Infelizmente, nesse momento, a gente está vendo essa tragédia. A gente ouve muitos elogios aos institutos federais, e querem cortar diretamente o coração disso, que é o orçamento”, lamenta a deputada federal Prof. Rosa Neide (PT/MT). “Se você não tem orçamento, como vai investir nisso?”.
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT/MG) abordou a articulação das cinco frentes parlamentares, mais as entidades, para reivindicar junto ao Congresso a participação na comissão mista de orçamento e, no mínimo, recomposição orçamentária na educação e na ciência.
Imprensa Apufsc