Debate sobre uso de medicamento sem eficácia contra a covid-19 opõe entidades que representam profissionais; universidades cogitam fortalecer ensino sobre evidências científicas
Quase cinco meses após o início da pandemia do novo coronavírus, pesquisadores encontraram evidências científicas de que a cloroquina e sua derivada, a hidroxicloroquina, não funcionam contra a covid-19 e ainda podem fazer mal ao paciente. São essas evidências que deveriam basear o trabalho de médicos, mas manifestações de profissionais e entidades de classe questionando os achados recentes têm mantido o remédio permanentemente em debate e criado confusão sobre seu uso.
Um em cada cinco brasileiros acha que a substância tem efeito contra a doença, embora a maioria dos estudos aponte o contrário. Outros 7% acreditam que a infecção pode ser tratada com algo mais simples: o alho. Esses números foram divulgados em 20 de julho pelo presidente do instituto de pesquisa Ipsos, Marcos Calliari, durante uma live do jornal Valor Econômico. Num universo de 16 países analisados pelo instituto, o Brasil está entre os três mais mal informados em relação à pandemia.
Outro levantamento de julho da Associação Paulista de Medicina mostrou que 48,9% dos médicos entrevistados disseram ter sido pressionados por pacientes ou familiares para receitar remédios sem eficácia.
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